segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Você sabe o que é o MPS.br ?

O MPS.br, sigla para Melhoria de Processo do Software Brasileiro surgiu no final do ano de 2003 como um projeto da Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro) com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações(MCTIC) com objetivo de trazer visibilidade e competitividade para as empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação(TIC)  do Brasil em relação a concorrentes mundiais. O programa tem como principais focos melhorar a capacidade de produção de software, elevar o nível dos serviços associados e aperfeiçoar as práticas em  gestão de RH nas organizações de TIC. 

A qualidade, tanto do produto final, no caso o software, quanto do processo, é um assunto que vem sendo muito discutido atualmente, uma vez que acompanhar a evolução na área tem sido cada vez mais necessário e urgente, pois a competição na maioria dos casos não está limitada a uma região, como acontece muito em outras áreas, e sim mundial, dados os avanços em tecnologias de comunicação das últimas décadas, com isso, a preocupação de tentar colocar as empresas brasileiras em um nível competitivo foi uma das principais motivações para o surgimento do MPS.br.  

Obviamente que normas e modelos de qualidade já existiam antes do surgimento do MPS.br, então foi natural que o mesmo se baseasse no que havia de melhor ao redor do mundo. Sendo mais específico, o MPS.br foi criado com intuito de trazer algo similar ao CMMI (Capability Maturity Model Integration), que será discutido em outras postagens neste blog, porém adaptando o modelo à realidade brasileira. Além disso algumas normas internacionais também foram usadas como base, as principais foram as normas ISO/IEC 12207, que define padrões e detalhes sobre o ciclo de vida de software e a norma ISO/IEC 15504 que define um padrão para o processo de desenvolvimento de software, servindo na prática como uma evolução da 12207. 

Dentre as principais mudanças e adaptações feitas com relação a padrões internacionais, foi verificada a dificuldade que as empresas nacionais tinham para se adequar a tais padrões, e um dos principais empecilhos para isso era o alto custo para cursos de capacitação, bem como os custos necessários para que uma organização conseguisse a certificação. Segundo relatos de gestores de empresas da área no Brasil, investir na certificação e falhar possuía um risco alto demais, que a maioria das empresas brasileiras de pequeno e médio porte não podem se dar ao luxo de arriscar, com um custo-benefício mais interessante, naturalmente empresas locais iriam investir nas melhorias que o modelo viria a trazer. 

O MPS.br possui três modelos de referência, divididos em:

  • MPS-SW : Modelo MPS para software;
  • MPS-SV: Modelo MPS para serviços:
  • MPS-RH: Modelo MPS para gestão de pessoas.
Mas isso é assunto para um outro dia, até breve!





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