Olá queridos leitores! Lembram de tudo que falamos sobre o CMMI na semana passada? Bem, se a resposta for NÃO, peço que voltem ao meu post anterior para dar uma relembrada básica antes de entrarmos nesse assunto.Podem ficar tranquilos, eu espero...
Agora que está por dentro, vamos falar um pouco sobre a estrutura da representação contínua do CMMI. A representação Contínua possui níveis de capacidade por área de processo, ou seja, a avaliação é feita de forma independente entre as áreas de processos, conforme mostra o exemplo da figura abaixo.
Áreas de Processo - CMU/SEI-2010-TR-033 |
Utilizando esta forma de avaliação, a empresa tem mais flexibilidade, pois a escolha de qual área de processo será avaliada e melhorada é definida levando em consideração os objetivos de negócio da organização. Além disso, é possível se fazer comparações intra e inter-organizações em relação a uma determinada área de processo ou ainda fazer uma comparação de resultados por equivalência (com a representação por Estágios que veremos nas próximas postagens).
O atendimento às Metas Genéricas e Específicas é quem define o Nível de Capacidade de uma determinada área de processo, que varia em uma escala que vai de 0 a 5 (a descrição dos níveis de capacidade será feita na próxima postagem, por motivos didáticos). É importante lembrar que no CMMI não existe a ideia de cumprir a meta em x %. É binário mesmo! Cumpriu ou não cumpriu, sim ou não, 0 ou 1...
Estrutura Contínua - CMU/SEI-2010-TR-033 |
Mas o que são Metas Específicas, Práticas Específicas, Metas Genéricas e Práticas Genéricas?! Calma gafanhoto! Vou te explicar agora.
Metas Específicas (Specific Goals), descrevem o que deve ser implementado para satisfazer a área de processo (requerido), exemplo: Gerenciamento de Requisitos - Requisitos devem ser mantidos e se refletem cuidadosamente nos planos de projeto, atividades e produtos. As Práticas Específicas são atividades consideradas importantes para alcançar a meta específica associada (esperadas), exemplo: Gerenciamento de Requisitos - Manter a rastreabilidade entre requisitos e fontes de requisitos.
Metas Genéricas (Generic Goals) estão relacionadas com a melhoria de controle no planejamento e implementação dos processos relacionados com aquela área de processo. Já as Práticas Genéricas (Generic Practices) Proveem institucionalização para garantir que processos associados com a área de processo são efetivos, repetíveis e permanentes.
Resumindo: Metas e práticas específicas aplicam-se a áreas de processo individuais, visando atender à área de processo particular. Já Metas e práticas genéricas aplicam-se a várias áreas de processo, buscando garantir a aplicação das metas e práticas específicas de maneira institucionalizada.
Áreas de Processos - APS Debora M C Nascimento |
Pegando a imagem abaixo como exemplo, é fácil perceber como funciona a estrutura da Representação Contínua no que tange à atribuição do Nível de Capacidade. Percebam que se a Área de Processo não atender à(s) Meta(s) Específica(s) ela estará no Nível 0. Não adianta cumprir a maioria das metas, caso seja mais de uma. Se não cumprir TODAS as MEs não cresce no nível de capacidade.
Exemplo Evolução - APS – Debora M C Nascimento |
Percebam, ainda, que na figura há uma passagem direta da(s) Meta(s) Específica(s) para a Meta Genérica. Isso é simples de entender! Basta analisar com um pouco de cuidado a tabela que colocamos abaixo com as Metas Genéricas - MG. Vejam a MG1 diz: “Atingir metas específicas”!!! Entenderam agora porque passamos direto para a MG2 na figura acima? Bem sacado, não?
MG
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Descrição
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1
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Atingir metas específicas
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2
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Institucionalizar um processo gerenciado
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3
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Institucionalizar um processo definido
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4
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Institucionalizar um processo gerenciado quantitativamente
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5
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Institucionalizar um processo em otimização
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A descrição das MGs está diretamente relacionada às definições dos Níveis de Capacidade. Conforme dissemos, na próxima postagem estaremos explorando estes níveis, o que vai clarificar um pouco mais a ideia das Metas Genéricas. Vamos juntos?
Referências:
http://cmmiinstitute.com
CMU/SEI-2010-TR-033
Modelos de Qualidade de Software - Mário Lúcio Côrtes e Thelma C. dos Santos Chiossi, Capítulo – 5, 8.
Slides do prof. Débora M C Nascimento
Slides do prof. Débora M C Nascimento
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